Expulsa aquela esperança verde do canto de tua sala
Realmente alegra-te aquele beija-flor que visita teu bebedouro?
Não te incomodas aquele bem-te-vi que, fazendo ninho em teu quarto, te observa em horas íntimas?
A mordida do melhor amigo do homem não te dói?

Rapaz, entenda, não somos mais natura
A mãe nos criou e agora nos expulsa
Achamos belos os gritos de socorro dos sanhaços que punhamos em jaulas!

O orgânico nos traz chagas
Há teatro em dedicar-nos ao eco
O que é humano nunca será belo.

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